domingo, 3 de junho de 2012

MODO IMPERATIVO - Exercícios

Descubra os verbos no modo imperativo que estão presentes em cada uma das propagandas abaixo:









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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Conotação e Denotação

          Veja as imagens abaixo:
 


  • Agora, descreva o que você vê nas imagens.
  • Que sentido as expressões sugeridas pelas imagens têm no dia-a-dia?
          As imagens acima sugerem expressões idiomáticas. Tais expressões têm uso corrente no cotidiano, mas não são entendidas pelos ouvintes ao pé da letra; representam, sim, atitudes tomadas pelas pessoas. Veja o exemplo abaixo:

Maria queria fazer um bom negócio, mas acabou entrando pelo cano.
O funcionário da companhia de água acabou entrando pelo cano para conseguir realizar o conserto.

          No primeiro caso o termo entrando pelo cano significa não ter tido sucesso em algo. Já no segundo caso, a expressão é utilizada em seu sentido corrente, literal, não significando outra coisa senão o fato de o funcionário ter entrado por um cano para realizar um conserto.
          Dessa forma, no primeiro caso o termo adquire um sentido conotativo; já no segundo, o termo adquire um sentido denotativo. Vejamos o que isso significa:

Denotação é o emprego da palavra em seu sentido corrente, literal, tal como constar no dicionário.

A bomba explodiu no tempo marcado.

Conotação é o emprego da palavra com sentido distinto do corrente, figurado, divergindo assim do registro de dicionário.

Meu coração explodiu de emoção.

Toda palavra pode ser usada em sentido denotativo ou conotativo. É necessário analisar a oração ou o contexto no qual ela se insere para que saibamos em que sentido está sendo usada.
Do mesmo modo os textos podem ser predominantemente denotativos ou conotativos. Por exemplo, textos jornalísticos e científicos tem linguagem predominantemente denotativa. Já canções, poemas e propagandas apresentam linguagem predominantemente conotativa.

sábado, 13 de agosto de 2011

Polissemia e Ambiguidade

Leia a tirinha abaixo:


Agora responda às seguintes questões:
As tirinhas são histórias contadas em dois ou três quadrinhos que geralmente exploram efeitos de humor produzidos pelo uso da linguagem. Na tirinha acima, uma das palavras adquire duplo sentido. Transcreva essa palavra.
Que sentidos a palavra em questão adquire na tirinha acima?


Polissemia é a propriedade que as palavras têm de possuir mais de um significado dentro de um mesmo campo semântico. Assim, em um verbete de dicionário, uma mesma entrada lexical pode apresentar diferentes acepções (significados).
A polissemia está relacionada ao uso discursivo que se faz de uma mesma palavra. Nas sentenças a seguir, o significado da palavra em destaque muda de acordo com o contexto em que ela está inserida.

Meu cachorro quebrou a perna.

Consertei a perna da cadeira.

Ela gosta de “bater perna” no shopping.

Contudo, em certos enunciados, o contexto permite que compreendamos a mesma sentença com mais de um sentido. Quando isso acontece, temos uma sentença ambígua. A ambiguidade pode ser gerada por uma palavra polissêmica que esteja presente na sentença.

Veja o exemplo:

Em propaganda de uma escola de inglês e espanhol estava escrito: “Duas línguas dão mais prazer do que uma”.

Se eu ignorar que se trata de uma propaganda de escola de idiomas, posso entender que a palavra língua na sentença tem o sentido de órgão da boca.

Agora se eu souber que se trata de uma propaganda de escola de inglês e espanhol, então compreenderei que a palavra língua na sentença tem o sentido de idioma.

Agora, observe esta outra tirinha intitulada Família Brasil, de Luís Fernando Veríssimo:

Converse com seus amigos sobre os possíveis sentidos da palavra “ficar” nesta tirinha.

Observe as imagens abaixo e registre o que você pode ver nelas:


          As imagens acima nos permitem ter uma dupla interpretação do que elas retratam. Tais interpretações já estão previstas nessas figuras, mas exigem um olhar mais atento daqueles que a observam e uma ou outra das possibilidades de leitura dessas imagens estão associadas à própria experiência de mundo do espectador e de quais traços e detalhes lhe chamam a atenção.

          Agora leremos um texto intitulado Uma Questão de Interpretação. Antes da leitura do texto, registre em seu caderno do que pode tratar um texto que receba este título.

Havia certa vez, em certo reino, um mosteiro habitado por monges jovens e idosos, que passavam o dia em preces, contemplações e estudos.
Um dia, um novo rei subiu ao trono e quis conhecer melhor seus domínios.
Ao passar pelo mosteiro, ficou maravilhado com os jardins e a paisagem do lugar. Imediatamente cobiçou o mosteiro para si, já pensando em transformá-lo em residência de veraneio. No entanto, não podia expulsar assim, sumariamente, os religiosos. Isso o indisporia com seus súditos e ministros. Resolveu, então, conseguir o que queria de modo mais sutil. Proclamou que desconfiava de que aqueles monges não tivessem, ali, a austeridade e a vida dura necessárias para ampliar seus conhecimentos. Assim, seria melhor saírem de lá e mendigarem pelas aldeias. Para comprovar que os monges eram ignorantes, promoveria um debate. Os monges poderiam escolher um dentre eles para debater com o sumo sacerdote da corte. Se o sacerdote ganhasse o debate, ficariam comprovadas as desconfianças do rei, e os monges seriam expulsos. Mas se, porventura, o sacerdote viesse a reconhecer sua derrota, então os monges ganhariam o direito de habitar o monastério para sempre.
Os monges tremeram ao saber da resolução do rei. O sumo sacerdote era famoso por seus conhecimentos, sendo especialista em filosofia, teologia e todas as outras ciências da época. Convocaram uma reunião e tentaram decidir quem seria o debatedor. Porém, nenhum dos monges se propunha a tão difícil tarefa. A reunião estava num momento de impasse, quando o jardineiro do convento, um homem muito simples, apresentou-se como voluntário. Houve um murmúrio de desaprovação, mas o monge superior foi prático:
– Não temos voluntário algum. Isso quer dizer que, se não há outra saída, esta é a única saída.
E no dia marcado para o debate, o jardineiro, acompanhado por alguns monges, apresentou-se no palácio, onde já o esperavam o rei, o sacerdote e todos os homens doutos e poderosos da corte.
Teve início o debate. O sacerdote prometera a si mesmo que derrotaria o adversário sem nem sequer pronunciar uma palavra. Depois de olhá-lo com desprezo, apontou o dedo para cima. O jardineiro, sem se perturbar, apontou o dedo para o chão.
O sacerdote pareceu ficar desconcertado. Mostrou-lhe então um dedo, diante de seu nariz. O jardineiro não teve dúvidas: mostrou-lhe os cinco dedos, com a mão toda aberta.
O sacerdote titubeou. Com uma expressão de raiva e desespero, tirou do bolso uma laranja. O jardineiro, muito tranqüilo, tirou do bolso um pãozinho.
O sacerdote empalideceu e pediu ao rei que encerrasse o debate. Ele reconhecia a derrota e declarava que nunca encontrara um oponente tão sábio.
O rei foi obrigado a cumprir sua palavra, e assinou o compromisso de que os monges conservariam o monastério para sempre. Assim que os vencedores deixaram o palácio, todos se reuniram com o sacerdote, querendo que ele explicasse, o que, afinal, tinha sido discutido.
– Quando apontei o dedo para cima – disse o sacerdote –, quis declarar que só a sabedoria dos céus é o que conta neste mundo. Mas ele, apontando para a terra, rebateu dizendo que, embora não possamos deixar de considerar os céus, somos homens e vivemos na terra. Então, mostrando-lhe um único dedo, argumentei que somos frágeis, pois estamos sozinhos. E ele sabiamente me fez pensar que não, que estamos cercados por outros homens, nossos irmãos. Finalmente, ao mostrar a laranja, rebati suas idéias, lembrando-o de que a natureza é mais forte do que o homem, pois sabe criar coisas que ele jamais criaria. Foi aí que ele me deu o golpe de misericórdia: ao mostrar-me o pão, lembrou-me de que o homem é capaz de conhecer e modificar a natureza, criando obras que, sozinha, ela não pode fazer.
Todos ficaram estupefatos com a sabedoria revelada pelos monges.
Enquanto isso, no monastério, os monges se reuniam ao redor do jardineiro, que explicava:
– Foi muito simples. Quando ele apontou para cima, mostrando que ia chover, eu mostrei-lhe o chão, dizendo que seria bom, pois a terra necessita de chuva. Depois ele me pareceu aborrecido e me mostrou um calo no seu dedo. Querendo ser gentil, mostrei-lhe minha mão toda, para que ele visse que isso não tem importância: eu tenho calos em todos os dedos! E quando ele tirou a laranja do bolso, pensei que fosse hora do lanche e peguei meu pão.
Adaptação de um história popular italiana
PAMPLONA, Rosane. O homem que contava histórias. São Paulo: Brinque-Book, 2005. p.28-31
 
           Tendo lido o texto, procure responder às seguintes questões:

a) Onde se passa os acontecimentos da história?
b) Podemos dizer que se trata de algo que aconteceu há muito ou há pouco tempo?
c) Releia o trecho referente ao debate e procure estabelecer no quadro abaixo o que significou cada um dos gestos para o sacerdote real e para o jardineiro.
Sacerdote

Jardineiro

Um dedo para o céu


Um dedo para a terra


Um dedo diante do nariz


Cinco dedos com a mão aberta


Uma laranja


Um pão

d) Em sua opinião, a interpretação dos gestos dada pelo sacerdote está errada, uma vez que ele perdeu o debate?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estudo do Sujeito e do Predicado

Sujeito é o ser (pessoa, objeto, monstro, entidade, palavra, letra oração, número, imagem, pensamento, abstração, sentimento, estado de espírito) sobre o qual se faz uma declaração, uma atribuição.

Para identificar o sujeito geralmente perguntamos quem ou que realizou a ação. Por exemplo, na oração “Eu comprei um carro”, pergunta-se “Quem comprou um carro?” e tem-se por resposta “Eu”. Ou ainda, “O lápis está sem ponta”, pergunta-se “O que está sem ponta?” e tem-se por resposta “O lápis”.

O núcleo é a palavra central do sujeito, em torno da qual podem aparecer palavras secundárias. Por exemplo, em “Os colegas de Mário foram ao Playcenter”, o núcleo do sujeito é “colegas”.

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplos:
Deus é perfeito!
A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
Pastavam vacas brancas e malhadas.


Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.
Exemplos:
As vacas brancas e os touros pretos pastavam.
A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.


Sujeito Oculto: é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.
Exemplos:
Compramos muitas roupas no shopping (sujeito: nós)
Pensei em você ontem. (sujeito: eu)


Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.
O Sujeito Indeterminado ocorre nos seguintes casos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se ( índice de indeterminação do sujeito)
Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito Inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
O Sujeito Inexistente ocorre nos seguintes casos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
Houve um grave acidente na avenida principal.
Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima
Faz meses que não a vejo.
Faz sempre frio nesta região do estado.


IMPORTANTE: Quando ocorre sujeito oculto, indeterminado ou oração sem sujeito toda a oração é considerada predicado.

NÃO CONFUNDA as seguintes questões:
Na oração “Meu filho joga futebol de salão”,
- se perguntado: Quem é o sujeito?, a resposta é “Meu filho”;
- se perguntado: Qual é o núcleo do sujeito?, a resposta é “filho”;
- se perguntado: Que tipo de sujeito?, a resposta é “Sujeito Simples”.
ESTUDO DO PREDICADO

Predicado é o termo da oração que contém o verbo. Apesar de o sujeito e o predicado serem termos essenciais da oração, há casos (com verbos impessoais) em que a oração não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em torno de um verbo e ele está contido no predicado, é impossível existir uma oração sem predicado.
Exemplo:
Nós jogamos futebol. (Sujeito = Nós / Predicado = jogamos futebol)
Ventou muito forte a noite passada. (Sujeito = não tem / Predicado = Ventou muito forte a noite passada)

Predicação do Verbo
Há verbos que expressam ação, ou seja, eles são significativos. Podemos dividi-los em intransitivos e transitivos.

Verbo Intransitivo (VI): é aquele que traz em si a ideia completa da ação, ou seja, ele não precisa de nenhum termo que complete o seu sentido; por isso, ele não transita.
Exemplo: O sol nasceu. / João morreu. / Andreia saiu.
O raciocínio que devemos construir aqui é Quem nasce, nasce. / Quem morre, morre. / Quem sai, sai.
Percebam que o verbo não necessita de outra palavra que complete seu sentido.

IMPORTANTE: o verbo intransitivo poderá aparecer sozinho ou acompanhado de alguma palavra ou expressão que indique lugar, tempo, modo, intensidade. Vale a pena lembrar que essas expressões ou palavras são serão complementos do verbo, mas simplesmente indicam as circunstâncias em que a ação ocorreu. Nós as chamaremos adjuntos adverbiais.

Verbo Transitivo: é aquele que NÃO traz em si a ideia completa da ação, necessitando, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido, ou seja, sua ação transita.
Esses tipos de verbo serão divididos da seguinte forma:

Verbo Transitivo Direto (VTD): a ação transita diretamente para o complemento, sem o auxílio necessário de complemento – no caso o objeto direto (OD) -, não exigindo preposição.
Exemplo: Nós compramos um carro. (Predicado: compramos um carro / VTD: compramos / OD: um carro)

Verbo Transitivo Indireto (VTI): a ação transita indiretamente para o complemento – no caso o objeto indireto (OI) -, por meio de preposição.
Exemplo: Ela gosta de samba. (Predicado: gosta de samba / VTI: gosta / OI: de samba)

Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI): apresenta dois complementos (objeto direto e objeto indireto).
Exemplo: Demos um presente a Válter. (Predicado: demos um presente a Válter / VTDI: demos / OD: um presente / OI: a Válter)

Verbo de Ligação (VL): é aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações.
Exemplo: Joana estava quieta. (Predicado: estava quieta / VL: estava / Predicativo: quieta)
É importante lembrar que a essas características que se ligam ao sujeito por meio de Verbo de Ligação chamaremos predicativos.
Principais verbos de ligação: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar.

Complementos Verbais
Os complementos verbais são termos integrantes da oração. Eles completam o sentido de verbos transitivos diretos e indiretos. São complementos verbais:

Objeto Direto (OD): é o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.
Exemplo: Ele tem um Playstation III. (OD: um Playstation III)

Objeto Indireto (OI): é o termo que completa o sentido do verbo transitivo indireto, ligando-se a ele por meio de preposição.
Exemplo: Eu acredito em Deus. (OI: em Deus / Preposição: em)

IMPORTANTE: as principais preposições são a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Vale lembrar que às vezes a preposição está fundida com um artigo; é o caso de ao, aos, à, às, do, dos, da, das, pelo, pelos, pela, pelas, no, nos, na, nas etc.

FIQUE LIGADO: aqueles que pretendem prestar provas para vestibulinhos e bolsas no fim do ano podem se aprofundar um pouco mais pesquisando o que são objetos diretos preposicionados, pronomes oblíquos como objetos diretos, objeto pleonásticos... Para saber mais, basta jogar os termos citados na busca do Google ou do Yahoo.

Tipos de Predicado

Segundo a informação contida no predicado, ele pode ser: verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal: é aquele informa uma ação, ou seja, ele é contruído tendo por núcleo o verbo de ação.
Exemplo: Carlos corre todos os dias. Lutamos por um vida melhor. Eles fazem muitos planos. Precisaram de um novo caderno.
O predicado verbal é formado por verbo transitivo ou intransitivo.
O núcleo do predicado verbal é o verbo. Nos exemplos acima seria: corre, lutamos, fazem, precisaram.

Predicado Nominal: é aquele que informa um estado do sujeito. Nesse predicado o verbo é de ligação.
Exemplo: Eu fiquei triste. Ela estava feliz. Nós permanecemos parados.
O núcleo do predicado nominal é o predicativo. Nos exemplos acima seria triste, feliz, parados.

FIQUE LIGADO: Como não veremos o predicado verbo-nominal por motivo de tempo, já que se trata de uma revisão, recomendo que os interessados busquem tanto predicado verbo-nominal quanto predicativo do sujeito e predicativo do objeto nos sistemas de busca do Google e do Yahoo.

Baseado em: PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. São Paulo: FTD, 1996.
  

Frase, oração, período

A frase é o enunciado completo, capaz de extrair comunicação, ou seja, aquilo que falamos ou escrevemos e que é entendido por outras pessoas.
Na frase é facultativo o uso do verbo.
Exemplos:
Atenção!
Que frio!
A China passa por dificuldades.
Silêncio.

Já a oração é o enunciado com sentido que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal.
Exemplos:
Rosana terminou a leitura do livro.
Eu preciso ir ao shopping.
Fomos para uma balada.
Choveu.

IMPORTANTE: NEM TODA FRASE É UMA ORAÇÃO
Exemplo: Que dia bonito!
Esse enunciado é frase porque tem sentido.
Esse enunciado não é oração porque não tem verbo.

Por fim, o período é a frase organizada com uma ou mais orações.
Exemplo:
Que saudades sentíamos dos amigos.
As janelas fecharam-se e a família saiu.

O Período pode ser dividido em Período Simples e Período Composto.
Período Simples: possui apenas uma oração.
Exemplo:
Os meninos conversavam numa roda.
Uma forte chuva vai cair daqui a pouco.
Em “vai cair” temos uma locução verbal, que é a junção de um verbo auxiliar (ser, estar, ter, haver...) com o infinitivo (ex.: cair), gerúndio (ex.: caindo) ou particípio (ex.: caído) de um verbo principal. Nesses casos, contamos como 1 verbo e, portanto, 1 oração.
Período Composto: possui duas ou mais orações.
Exemplo:
Era madrugada, não havia gente na rua, estava muito frio. (3 verbos = 3 orações = período composto).

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aula 8

                Antes de ler o texto abaixo, dê uma rápida passada de olhos por ele e tente responder às seguintes questões:
·         Que acontecimento é informado pelo texto?
·         Onde o texto foi publicado?
·         Quando ele foi publicado?
·         Quem o escreveu?
·         Que nome você daria para este tipo de texto?

CNBB denuncia morte de 499 índios entre 2003 e 2010
Bispos dizem que outros 748 estão presos e que redução no ritmo de demarcação de terras ''tende a agravar'' situação
13 de maio de 2011 | 0h 00
José Maria Mayrink - O Estado de S.Paulo
ENVIADO ESPECIAL / APARECIDA (SP)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou ontem, em nota de sua 49.ª Assembleia Geral, reunida em Aparecida, que 499 índios foram assassinados em conflitos de terra, no País, entre 2003 e 2010, e 748 estão presos atualmente "porque, diante de questões não resolvidas, são levados ao desespero e à agressividade". Pelo menos 60 lideranças indígenas, segundo os bispos, respondem a processos em consequência de sua atuação em defesa de seus territórios.
"Esse quadro tende a se agravar, diante da paralisação dos procedimentos de demarcação de novas terras e do avanço dos mais de 400 empreendimentos que atingirão terras já demarcadas", diz a "nota de compromisso solidário da CNBB com a causa indígena no Brasil", conforme é titulada.
Segundo o documento, cerca de 90 povos indígenas, de um total de mais de 250 existentes no País, permanecem em situação de isolamento voluntário. "Vivem no meio da floresta, mas têm suas vidas ameaçadas pelos grandes projetos governamentais, muitos deles parte do PAC."
A CNBB afirma que, com a divulgação dessas denúncias, pretende sensibilizar a sociedade e chamar a atenção do governo federal para que cumpra o seu dever de demarcar e proteger todas as terras tradicionalmente ocupadas, conforme estabelece o artigo 231 da Constituição.
Ameaçados. Três bispos do Pará ameaçados de morte, todos de origem estrangeira, passaram os dez dias da assembleia geral da CNBB sob proteção policial. O austríaco d. Erwin Krautler, da prelazia do Xingu, o espanhol d. José Luís Azcona Hermoso, da prelazia de Marajó, e o italiano d. Flávio Giovenale, da diocese de Abaetetuba, foram constantemente vigiados por cinco agentes de segurança, que se revezavam dia e noite.
D. Azcona disse que entrou na lista dos marcados para morrer por denunciar o tráfico de mulheres, drogas e armas em Marajó. Na diocese de Abaetetuba, disse d. Giovenale, a ameaça de morte vem dos traficantes, pois a região está na rota das drogas.
O bispo-prelado do Xingu, d. Erwin Krautler, tem sempre policiais à sua volta. A proteção foi imposta pelo governo estadual, que alega ter informações de que, sem esse cuidado, ele seria assassinado. O bispo, austríaco naturalizado brasileiro, sempre denunciou a violência contra índios por causa da disputa de terra. Foi em seu território que pistoleiros mataram a missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em fevereiro de 2005.


                Tendo lido o texto, agora vamos responder algumas questões:

·         O texto pode ser dividido em duas grandes partes. Identifique-as e diga do que elas tratam.

o   Parte 1: ______________________________________________________

o   Parte 2: ______________________________________________________

·         Qual das partes se relaciona diretamente com o título do texto?

Agora responderemos a algumas questões referentes a informações dadas pelo texto:

·         Transcreva o trecho em que é possível saber o que significa CNBB.

·         Relacione os números fornecidos pelo texto abaixo às informações que se referem a eles:

a. 400
(     ) índios assassinados
b. 499
(     ) índios presos
c. 90
(     ) povos indígenas existentes no Brasil
d. 748
(     ) empreendimentos que atingirão terras indígenas
e. 250
(     ) povos indígenas que permanecem em situação de isolamento voluntário



·         Os trechos do texto que estão entre aspas não foram escritor pelo autor do texto. De onde eles foram retirados?

·         Com que intenção a CNBB divulgou a nota sobre o assassinato dos índios?

·         Em que região do Pará a missionária Dorothy Stang foi assassinada em fevereiro de 2005?



Como pudemos perceber ao ler o texto acima, estudaremos a partir de agora o texto noticioso. Trata-se de um tipo de texto que busca nos informar de um acontecimento. Como todo gênero, o texto noticioso – na forma de notícia ou reportagem – tem suas características próprias. São tais características que estudaremos a seguir.

O TÍTULO

        Começaremos por observar o título do texto noticioso, voltemos mais uma vez à leitura anterior:

CNBB denuncia morte de 499 índios entre 2003 e 2010

                Nela podemos observar que o título de um texto jornalístico procura chamar a atenção do leitor para que este leia a notícia, uma vez que, no manuseio do jornal, só lemos aquilo pelo qual nos interessamos.

                O título pode ser complementado por um subtítulo, que complementa a informação dada inicialmente. No texto que lemos, o subtítulo, chamado também de olho, é:

Bispos dizem que outros 748 estão presos e que redução no ritmo de demarcação de terras ''tende a agravar'' situação

                Em certos textos jornalísticos, encontramos também intertítulos, que servem para antecipar alguma informação que está posta em seguida. Veja o exemplo:

Ameaçados. Três bispos do Pará ameaçados de morte, todos de origem estrangeira, passaram os dez dias da assembleia geral da CNBB sob proteção policial. O austríaco d. Erwin...

                As principais características de um título de texto jornalístico são as seguintes:

·         poucas palavras;

·         frase na ordem direta, para aumentar o impacto, geralmente seguindo a ordem sujeito + verbo + complemento;

CNBB / denuncia / morte de 499 índios entre 2003 e 2010

·         ausência de palavras que juntam umas às outras, tais como artigos e conjunções;

A CNBB denuncia a morte de 499 índios entre 2003 e 2010

·         uso de verbos no tempo presente, para dar a impressão de que o fato acaba de acontecer.

CNBB denuncia morte de 499 índios entre 2003 e 2010

(em vez de denunciou)

Observação: é importante recordar que os títulos de primeira página procuram ser mais curtos e provocativos enquanto os títulos internos geralmente são mais explicativos.
 

Observe agora os título a seguir e procure responder às questões:

Bebum rasga a esposa com 33 facadas

Alcoolismo destrói família

Alcoólatra mata esposa porque filho foi à festa

Marido alcoolizado fere esposa com 33 facadas

·         Qual é o título que procura se restringir ao fato?

·         Que título vincula um fato particular a algo que pode acontecer em todas as famílias que tenham alcoólatras?

·         Que título diz a razão pela qual a mulher foi assassinada?

·         Qual é o título mais popular e apelativo?

 Observação: quanto à linguagem utilizada nas notícias é importante lembrar que esta será adequada ao público leitor do jornal. Um jornal mais barato e destinado às classes menos favorecidas economicamente e com menos tempo de estudo terá uma linguagem mais popular do que um jornal destinado às classes dominantes e instruídas.

 O TEXTO JORNALÍSTICO

                Antes de entrarmos em detalhes do texto jornalístico, observaremos algumas de suas características principais.

                Observe os título abaixo:

Cientistas confirmam: água é molhada

Sol não deve aparecer nesta noite

Assaltantes são os principais responsáveis por assaltos na capital

Investigadores afirmam que coelhinho da Páscoa não existe

Jogadores de futebol são proibidos de jogar com as mãos

                Ao ler os título, você logo percebeu que se tratam de textos absurdos. Apesar de terem a estrutura de título jornalístico ao qual nos referimos, falta-lhes o essencial para que sejam notícias: a novidade do fato. Os títulos acima foram retirados de uma campanha publicitária do Jornal do Carro que saiu no OESP (O Estado de São Paulo) em 18 de abril de 2009. Ao final, a campanha dizia: “Se você não achou nenhuma novidade nas notícias acima, também não vai achar aqui”. E a seguir anuncia seus carros, com preços mais acessíveis do que de outros anunciantes.

                Podemos concluir da exposição acima que para que haja notícia é necessário ter um fato novo, ou seja, algo que ainda não tenha sido divulgado e que tenha ocorrido há pouco tempo. Afinal, não costumamos guardar o jornal: hoje nós o lemos, amanhã o usamos para embrulhar banana ou recolher as fezes de nossos bichinhos.



                Outra característica do texto jornalístico ao qual devemos ficar atentos é sua linguagem e a forma de contar o que aconteceu.

                Para tanto, vamos ler o texto abaixo e assistir ao vídeo:

Notícia de Jornal
Composição: Luís Reis e Haroldo Barbosa

Tentou contra a existência
Num humilde barracão
Joana de tal, por causa de um tal João

Depois de medicada
Retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exatidão

O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou

Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal



                Na música acima, os autores afirmam que “a dor da gente não sai no jornal”. Ao fazer tal afirmação, eles chamam a nossa atenção para o fato de que a linguagem jornalística é objetiva, direta, evitando registrar emoções associadas aos fatos. Quando um jornal o faz, costumamos dizer que ele é um jornal sensacionalista, que usa um tom apelativo com o objetivo de atrair o público.

                Os dois primeiros parágrafos do texto restringem à notícia veiculada em um jornal: não importa muito que são essas pessoas, mas sim o fato de a tal “Joana” tentou se suicidar. Ao ouvirmos os dois últimos parágrafos, notamos que os autores ressaltam que ninguém está se importando com os sentimentos de Joana, nem o que lhe aconteceu antes ou depois do fato noticiado, isso porque o texto jornalístico não procura compreender a dor das pessoas, mas registrar o que lhes aconteceu.

                Obviamente, é importante ressaltar que, por meio dessa linguagem objetiva e direta, com frases curtas, a atividade jornalística é investigativa e procurará registrar causas e consequências do fato, bem como registrar opiniões e depoimentos. Contudo o faz com a intenção de informar o leitor e não de refletir sobre a dor causada pelo amor, como faria um texto literário.

UMA INFORMAÇÃO ANTES: NOTÍCIA x REPORTAGEM

            Pode ser que tenha surgido o seguinte questionamento: quando devo chamar a um texto notícia e quando deve chamá-lo reportagem?

                A notícia pretende informar pontualmente sobre um fato, sem mais delongas. Já a reportagem tende a procurar causas e consequências desse fato. Sendo assim, a notícia é mais curta que a reportagem. Enquanto esta geralmente é encontrada em revistas semanais ou mensais, aquela tem seu principal espaço no jornal, que costuma ser diário.

O LIDE

                Outro elemento importante da notícia é o lide. Vamos ver o que é isso:

Também chamado de “cabeça”, o lide é a abertura do texto da notícia ou da reportagem. Aportuguesada, a palavra é proveniente do inglês lead, que significa “guiar”, “encabeçar”, “conduzir”, “induzir”. Concentrado nos primeiros parágrafos do texto, o lide apresenta “sucintamente o assunto ou destaca o fato essencial, o clímax da história” (Rabaça & Barbosa, 1978, 360-1). Embora criticada por tolher a criatividade dos jornalistas (que seriam obrigados a começar seus textos sempre da mesma maneira), a estrutura do lide está presente na maioria dos jornais impressos, sobretudo naqueles de maior circulação. Sua forma de apresentação pode variar, mas é a regra na imprensa apresentar os principais aspectos de um fato logo no início do texto.

                Tradicionalmente o lide é composto pelas seguintes informações:

·         quem;

·         o que;

·         quando;

·         onde;

·         como;

·         por que.

Vejamos um exemplo:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lança hoje, na sede da entidade, em Brasília, a Campanha Nacional da Fraternidade deste ano. O presidente da CNBB, d. Jayme Chemello, não estará presente à cerimônia, que está prevista para começar às 14h30. (FSP, 28.1.2001, A-6)

                QUEM: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB

                O QUE: lança a Campanha Nacional da Fraternidade deste ano

                QUANDO: hoje

                ONDE: na sede da entidade em Brasília

                COMO: -----

                POR QUÊ: -----

Observação: em certas notícias, como a que lemos acima, não aparece informações sobre “como” ou “por quê”.

Proposta: visite o site de notícias do Estado de São Paulo e procure os lides em alguns textos jornalísticos registrando a informações como foi feito no exemplo acima.

 O JORNAL FORMA, MAS TAMBÉM INFORMA



                Convém que fiquemos atentos para o que está nas “entrelinhas” das notícias e reportagens. Não podemos nos esquecer que, por trás da notícia, há um veículo de imprensa que, como todas as empresas, visa ao lucro e pode estar comprometido com setores da sociedade (partidos políticos, empresários...)

                Observe os dois títulos abaixo:

Sem-terra invadem fazendas no interior de SP

Sem-terra ocupam terras no interior de SP

                Nos título acima, devido à escolha de palavras, podemos notar uma nuance no pretenso desejo dos jornais de serem “neutros”, procurando apenas informar. O primeiro título transmite uma imagem muito menos favorável dos sem-terra do que o segundo. A escolha do verbo invadir traz em si um sentido agressivo. Invade-se o que tem dono. Mesmo a seleção da palavra fazendas, em vez de terras, como consta no segundo título, conduz o leitor a ter uma visão negativa em relação ao MST.



As informações teóricas desta aula foram baseadas no livro:FARIA, Maria Alice; ZANCHETTA JR., Juvenal. Para ler e fazer o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2002.